Desde fevereiro de 2025, o reajuste do ICMS sobre combustíveis decretado pelo Confaz trouxe um novo patamar de preços e desafios para o setor logístico. Este artigo analisa em detalhes os efeitos dessa alta, oferecendo uma visão completa e recomendações práticas para empresas e profissionais.
Acompanhe a fundo como cada elo da cadeia sente o aumento e descubra soluções para manter a eficiência operacional.
A partir de 1º de fevereiro de 2025, o ICMS sobre a gasolina subiu de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro, enquanto diesel e biodiesel passaram de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. Essa alteração tem como objetivo a recomposição das receitas estaduais, mas acaba exercendo forte pressão sobre o consumidor final e sobre toda a economia.
O cenário inflacionário interno já estava sensível a fatores como câmbio e política de preços da Petrobras. Com a valorização do dólar e o aumento dos custos internacionais de petróleo, a defasagem nas cotações nacionais se intensificou, resultando em novos reajustes.
No transporte rodoviário, o diesel representa combustível representa até 50% do custo operacional das transportadoras. Cada acréscimo de R$ 0,06 por litro de diesel impacta diretamente o orçamento das empresas, como mostra o exemplo a seguir:
Por exemplo, uma transportadora que consome 500 L de diesel por semana terá um aumento de R$ 0,06 por litro de diesel, resultando em R$ 110 de acréscimo semanal ou R$ 440 mensais. No ano, isso representa um exemplo prático de impacto anual de cerca de R$ 5.280 somente em ICMS.
Esse aumento acaba sendo repassado ao frete, que se reflete nos preços de alimentos, roupas e produtos eletrônicos. O IPCA recebe esse impacto, tornando o controle da inflação ainda mais desafiador.
A alta dos combustíveis não atinge todos de forma igual. Alguns segmentos sentem o peso com mais força:
Entre os principais gatilhos para a elevação dos preços estão a tributação do ICMS, a valorização do dólar, o preço internacional do barril de petróleo e a política de preços da Petrobras. A combinação desses elementos cria um cenário de pressão constante, onde reajustes internos buscam compensar custos externos.
O ambiente regulatório também se mostra volátil, exigindo das empresas monitoramento constante do ambiente regulatório para antecipar mudanças e ajustar planejamentos.
Diante desse panorama, empresas de logística e transporte devem adotar práticas que aumentem a eficiência e reduzam o consumo de combustível:
Com maneiras inovadoras de reduzir gastos, é possível suavizar o impacto imediato e ganhar fôlego para planejar a longo prazo.
As pequenas e médias empresas sofrem mais pressão, pois têm menor margem para absorver custos e investir em tecnologia. O setor como um todo precisa se adaptar rapidamente à necessidade de inovação contínua e buscar fontes alternativas de energia.
Especialistas prevêem que os preços permanecerão elevados no futuro próximo. Dessa forma, a sustentabilidade e a digitalização dos processos logísticos deixam de ser opções para se tornar um diferencial competitivo duradouro.
A alta dos combustíveis em 2025 reverbera em todos os elos da cadeia logística, desde o produtor rural até o consumidor final. O impacto se manifesta em custos operacionais, inflação e ajustes de mercado.
Para enfrentar esse cenário, é fundamental que as empresas implementem soluções tecnológicas, monitorem o ambiente regulatório e adotem práticas sustentáveis. Só assim será possível equilibrar competitividade, eficiência e responsabilidade socioambiental.
Referências