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Alta dos combustíveis gera impacto em toda a cadeia logística

Alta dos combustíveis gera impacto em toda a cadeia logística

11/06/2025 - 07:50
Fabio Henrique
Alta dos combustíveis gera impacto em toda a cadeia logística

Desde fevereiro de 2025, o reajuste do ICMS sobre combustíveis decretado pelo Confaz trouxe um novo patamar de preços e desafios para o setor logístico. Este artigo analisa em detalhes os efeitos dessa alta, oferecendo uma visão completa e recomendações práticas para empresas e profissionais.

Acompanhe a fundo como cada elo da cadeia sente o aumento e descubra soluções para manter a eficiência operacional.

Contexto Atual do Aumento dos Combustíveis

A partir de 1º de fevereiro de 2025, o ICMS sobre a gasolina subiu de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro, enquanto diesel e biodiesel passaram de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. Essa alteração tem como objetivo a recomposição das receitas estaduais, mas acaba exercendo forte pressão sobre o consumidor final e sobre toda a economia.

O cenário inflacionário interno já estava sensível a fatores como câmbio e política de preços da Petrobras. Com a valorização do dólar e o aumento dos custos internacionais de petróleo, a defasagem nas cotações nacionais se intensificou, resultando em novos reajustes.

Impacto na Cadeia Logística

No transporte rodoviário, o diesel representa combustível representa até 50% do custo operacional das transportadoras. Cada acréscimo de R$ 0,06 por litro de diesel impacta diretamente o orçamento das empresas, como mostra o exemplo a seguir:

Por exemplo, uma transportadora que consome 500 L de diesel por semana terá um aumento de R$ 0,06 por litro de diesel, resultando em R$ 110 de acréscimo semanal ou R$ 440 mensais. No ano, isso representa um exemplo prático de impacto anual de cerca de R$ 5.280 somente em ICMS.

Esse aumento acaba sendo repassado ao frete, que se reflete nos preços de alimentos, roupas e produtos eletrônicos. O IPCA recebe esse impacto, tornando o controle da inflação ainda mais desafiador.

Setores Mais Afetados

A alta dos combustíveis não atinge todos de forma igual. Alguns segmentos sentem o peso com mais força:

  • Transporte de cargas e passageiros: Elevação do frete que dificulta a renovação de frota e afeta pequenas transportadoras.
  • Agronegócio e cadeia do alimento: Fretes do campo aos centros de distribuição ficam mais caros, pressionando o preço no supermercado.
  • Indústria e Comércio: Custos logísticos maiores, exigindo repasse parcial ou absorção de despesas.
  • E-commerce: Valor final mais alto e queda na competitividade em entregas de última milha.

Causas e Fatores Determinantes

Entre os principais gatilhos para a elevação dos preços estão a tributação do ICMS, a valorização do dólar, o preço internacional do barril de petróleo e a política de preços da Petrobras. A combinação desses elementos cria um cenário de pressão constante, onde reajustes internos buscam compensar custos externos.

O ambiente regulatório também se mostra volátil, exigindo das empresas monitoramento constante do ambiente regulatório para antecipar mudanças e ajustar planejamentos.

Estratégias e Inovações para Mitigar Efeitos

Diante desse panorama, empresas de logística e transporte devem adotar práticas que aumentem a eficiência e reduzam o consumo de combustível:

  • Otimização de rotas: Uso de software de roteirização para diminuir distâncias e tempo de viagem.
  • Investimento em frota eficiente: Caminhões modernos, GNV ou elétricos para reduzir gasto de diesel.
  • Tecnologia aplicada: Telemetria e manutenção preditiva para evitar falhas e desperdícios.
  • Parcerias estratégicas: Renegociação de contratos de frete e alianças com fornecedores.
  • Boas práticas ambientais: Adoção de políticas sustentáveis como diferencial competitivo.

Com maneiras inovadoras de reduzir gastos, é possível suavizar o impacto imediato e ganhar fôlego para planejar a longo prazo.

Desafios e Perspectivas Futuras

As pequenas e médias empresas sofrem mais pressão, pois têm menor margem para absorver custos e investir em tecnologia. O setor como um todo precisa se adaptar rapidamente à necessidade de inovação contínua e buscar fontes alternativas de energia.

Especialistas prevêem que os preços permanecerão elevados no futuro próximo. Dessa forma, a sustentabilidade e a digitalização dos processos logísticos deixam de ser opções para se tornar um diferencial competitivo duradouro.

Conclusão

A alta dos combustíveis em 2025 reverbera em todos os elos da cadeia logística, desde o produtor rural até o consumidor final. O impacto se manifesta em custos operacionais, inflação e ajustes de mercado.

Para enfrentar esse cenário, é fundamental que as empresas implementem soluções tecnológicas, monitorem o ambiente regulatório e adotem práticas sustentáveis. Só assim será possível equilibrar competitividade, eficiência e responsabilidade socioambiental.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fabio Henrique