Viajar para o exterior é uma oportunidade única de explorar novas culturas e criar memórias inesquecíveis. Entretanto, o uso de cartões internacionais sem preparo prévio pode levar a surpresas desagradáveis na fatura e a custos elevados.

Planejar cada etapa da viagem, inclusive o meio de pagamento, torna-se essencial para aproveitar ao máximo o orçamento disponível. A seguir, você vai encontrar informações detalhadas e práticas para tomar decisões financeiras inteligentes antes de embarcar.

Mudanças recentes nas regras fiscais e tributação

Nos últimos meses, o cenário tributário brasileiro para gastos no exterior passou por mudanças significativas. Até maio de 2025, IOF de 1,1% em contas globais tornava essas contas muito atraentes. Agora, a alíquota busca equiparar ao cartão de crédito, reduzindo essa vantagem.

Para transferências P2P, o IOF saltou de 0,38% para 3,5%, elevando o custo das operações diretas entre pessoas. Já os cartões de crédito internacionais mantêm 3,38% de IOF, com previsão de redução gradual até 2028.

Um destaque é o Cartão Visa da Caixa, que conta com isenção temporária de IOF até dezembro de 2025, oferecendo um alívio expressivo para quem utiliza essa opção no exterior.

Comparativo de custos e spreads

Entender as tarifas aplicadas é fundamental para evitar custos excessivos no exterior. A seguir, uma tabela com os principais produtos e suas características:

*Sujeito a mudanças regulatórias e promoções, como a isenção de IOF no Visa da Caixa.

Vantagens e desvantagens de cada modalidade

Antes de decidir entre um cartão internacional ou uma conta global, avalie pontos positivos e negativos:

• Cartões de crédito internacionais: permitem controle centralizado das compras, mas podem ter spread elevado e juros altos.
• Contas globais: oferecem spreads menores e comprar moeda antecipadamente com segurança, porém exigem esforço para gerenciar saldos em diferentes moedas.
• Cartões com isenção de IOF: trazem alívio tributário temporário, mas é preciso verificar custo-benefício além de dezembro de 2025.

Dicas de planejamento e uso racional

Para reduzir o peso dos impostos e evitar surpresas, siga estas orientações práticas:

• Compare spreads e IOF de diferentes instituições antes de escolher.
• Acompanhe o câmbio diário e adquira moeda no momento de câmbio mais favorável.
• Considere o volume de gastos: para pequenas despesas, o cartão pode ser mais prático; para valores altos, adquira moeda via conta global.
• Verifique limites diários de saques e compras para controlar despesas de viagem no exterior.
• Aproveite programas de cashback e milhas quando o benefício compensar o spread e o IOF.

Exemplos de cartões e contas globais

Conheça algumas opções do mercado e compare seu perfil de viajante:

• Cartão Nubank Internacional: sem anuidade, sem renda mínima, IOF de 3,38%.
• Cartão Inter Mastercard: spread de 4,99% + IOF de 3,38%, sem anuidade.
• Ourocard International Visa (Banco do Brasil): anuidade variável, renda mínima requerida.
• Conta Wise: conversão em múltiplas moedas, spreads a partir de 0,6%.
• Visa Travel Money: cartão pré-pago, spreads competitivos e conversão automática.

Cada produto tem seu perfil ideal. Quem busca beneficiar-se da isenção temporária de IOF deve acompanhar o prazo e as condições específicas de cada oferta.

Conclusão

Planejar o uso de cartões internacionais e contas globais antes de viajar faz diferença significativa no orçamento. Ao entender as taxas, spreads, limites e benefícios associados, você estará preparado para obter retorno em milhas e cashback sem pagar mais do que o necessário.

Adotar práticas simples de acompanhamento cambial e comparação de custos garante escolhas alinhadas ao seu perfil de viajante e evita costumes excessivos no exterior. Assim, você aproveita a viagem com tranquilidade e máxima economia.