No atual cenário econômico, a oscilação cambial exerce impacto direto no bolso do consumidor brasileiro. A recente pressão cambial intensa no mercado tem elevado o custo de bens importados e onerar os custos de viagens ao exterior.
Com a cotação do dólar próxima de R$ 5,49, indivíduos e empresas precisam ajustar orçamentos e rever planos de consumo, enquanto operadores do setor estudam estratégias para mitigar riscos.
O dólar americano iniciou o último pregão de junho cotado a R$ 5,4890, com leve alta de 0,10% pela manhã. Na semana encerrada em 27/06/2025, a moeda oscilou entre R$ 5,564 (alta) e R$ 5,469 (baixa), acumulando queda de 2,9% no mês.
Apesar desse recuo, o balanço de 2025 ainda apresenta desvalorização de 10,1% em relação ao início do ano, sinalizando reversão parcial de altas anteriores. Na prática, a conversão de US$ 1 = R$ 5,86 (referência em abril/maio de 2025) antecipa as pressões de preços sobre importados e pacotes de turismo.
Esses números evidenciam as variações históricas do câmbio registradas recentemente, fundamentais para entender o ápice da pressão sobre preços.
A dinâmica cambial atual reflete uma combinação de fatores domésticos e internacionais, que influenciam diretamente a demanda por dólar e o apetite ao risco.
O encarecimento do dólar se reflete imediatamente no custo em reais de compras internacionais. Isso eleva preços finais de diversos segmentos, reduzindo o poder de compra do consumidor.
Para manter margens, as empresas importadoras podem repassar a alta de forma quase imediata, impactando diretamente o orçamento familiar e empresarial.
Turistas e profissionais que planejam viagens ao exterior encaram custos mais elevados em todas as etapas. Desde a compra de passagens até a estadia e alimentação, tudo é influenciado pela taxa de câmbio.
Mesmo pacotes ofertados em real sofrem reajustes: pacotes de turismo são reajustados conforme cotação, obrigando agências e clientes a rever cronogramas e orçamentos.
O impacto cambial concentra-se nos preços de alimentos, combustíveis, carros e eletrônicos, pressionando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. O IPCA de maio registrou alta de 0,26%, acumulando 5,32% em 12 meses.
A inflação deve fechar acima da meta de 3%, com projeções de 5,24% para 2025, bem acima do teto de tolerância. Para 2026, espera-se estabilização abaixo de 5,5%, mas os riscos de volatilidade persistem.
O mercado sinaliza crescimento de 2,21% no PIB de 2025, condicionando a trajetória do dólar a decisões de política monetária, ajustes fiscais e cenários globais de aversão a risco.
Em um ambiente de estratégias de proteção cambial eficazes, consumidores e empresas podem buscar opções de hedge, pesquisa de preços e planejamento antecipado de compras e viagens.
Compreender a relação direta entre o dólar e os custos de importados e turismo é essencial para ajustar expectativas, negociar melhores condições e, sobretudo, reduzir impactos negativos no orçamento. A informação e a ação preventiva são os melhores aliados para enfrentar as pressões cambiais.
Referências