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Comércio eletrônico avança como resposta à mudança de comportamento

Comércio eletrônico avança como resposta à mudança de comportamento

04/05/2025 - 22:53
Robert Ruan
Comércio eletrônico avança como resposta à mudança de comportamento

O setor de comércio eletrônico brasileiro vive um momento de expansão sem precedentes, resultado de uma combinação de fatores econômicos, avanços tecnológicos e alterações profundas nos hábitos de consumo.

Entre dados expressivos e novas demandas de clientes cada vez mais conectados, esse segmento consolida seu espaço como pilar estratégico para empresas de todos os tamanhos, desde microempreendedores até grandes varejistas.

Números recentes e projeções para o mercado brasileiro

Os relatórios de 2024 apontam um faturamento de R$ 204,3 bilhões, com expectativas de superar R$ 234 bilhões em 2025, indicando um crescimento anual próximo a 15%.

Esse avanço é impulsionado por iniciativas ligadas ao Pix, ao fortalecimento do modelo omnichannel e à adoção de estratégias de marketing digital.

  • Previsão de faturamento para 2025: R$ 234 bilhões (+15%).
  • Vendas no primeiro trimestre de 2025: mais de R$ 1 bilhão em pequenas e médias empresas.
  • Crescimento médio de estratégias digitais em PME: +20%.

Esses números confirmam a aumento da confiança no ambiente digital e reforçam a necessidade de adaptabilidade por parte dos empreendedores para atender a um público cada vez mais diversificado.

Mudança no comportamento do consumidor

A transformação do consumidor brasileiro passa pela universalização do acesso móvel: 97,2% dos domicílios com internet utilizam o celular, e em 38,6% o smartphone é o único dispositivo.

Esse cenário gera um perfil de comprador multitarefa, que pesquisa, compara preços e finaliza o pedido em poucos cliques, valorizando a comodidade na experiência de compra e buscando ofertas atraentes, frete grátis e prazos de entrega competitivos.

Além disso, a confiança em realizar pagamentos online aumentou consideravelmente, com o Pix contribuindo para a agilidade e segurança de transações instantâneas.

O papel da tecnologia e da personalização

Atualmente, cerca de 70% das lojas virtuais brasileiras utilizam inteligência artificial e automações inteligentes para analisar dados de comportamento e otimizar campanhas de marketing.

Esse investimento resulta em experiências de usuário seguras, dinâmicas e altamente customizadas. Campanhas automatizadas chegam a ser 25 vezes mais eficazes do que newsletters tradicionais, gerando taxas de conversão expressivamente superiores.

Para ilustrar a aplicabilidade prática, uma rede varejista implementou uma newsletter personalizada com produtos mais vendidos, o que levou a um aumento de 23% nas vendas em apenas um trimestre.

Além disso, as plataformas sociais como TikTok e Instagram desempenham um papel estratégico na atração de públicos mais jovens, ao mesmo tempo em que redesenham o conceito de vitrine digital.

Segmentos em destaque e novas lideranças

Setores como moda e acessórios, casa e jardim, alimentos e bebidas, pets, saúde e beleza e eletrônicos continuam na dianteira das vendas online, beneficiados pela agilidade e personalização da jornada de compra.

Enquanto isso, plataformas importadas ganham destaque: a Temu superou a Shopee e encostou no Mercado Livre, com acesso crescente em mais de 25% em um único mês junto ao consumidor brasileiro.

Esse cenário confirma a expansão acelerada do consumo mobile e a necessidade de estratégias ágeis para atender às expectativas do público.

Desafios e oportunidades do omnichannel

Para seguir competitivo, o varejo deve investir na integração total entre canais físico e digital, garantindo que o cliente tenha uma experiência consistente em todos os pontos de contato.

Esse modelo demanda ferramentas robustas, equipes treinadas e processos alinhados, mas oferece como contrapartida o aumento do ticket médio e a fidelização de consumidores.

Por outro lado, cresce a preocupação com a privacidade e a coleta e uso responsável de dados pessoais, exigindo conformidade com legislações como a LGPD e a construção de relacionamentos baseados em transparência e segurança.

Perspectivas para o futuro do e-commerce brasileiro

O panorama para os próximos anos revela caminhos promissores: a adoção de realidade aumentada, pagamentos por biometria, entregas com drones e o fortalecimento de marketplaces nichados.

Com a democratização do acesso à internet e o aprimoramento de soluções logísticas, espera-se que o e-commerce brasileiro amplie seu alcance para regiões do interior e para públicos antes desconectados, impulsionando a expansão de oportunidades em todo o país.

Além disso, a maturidade do consumidor digital somada ao avanço das tecnologias vai exigir cada vez mais agilidade, personalização e responsabilidade social e ambiental por parte das empresas.

O futuro do comércio eletrônico no Brasil é promissor, mas dependerá da capacidade dos empreendedores em inovar, respeitar direitos dos consumidores e oferecer soluções completas que integrem conveniência, segurança e engajamento.

Robert Ruan

Sobre o Autor: Robert Ruan

Robert Ruan