O Brasil registrou um crescimento moderado em relação ao potencial no primeiro trimestre de 2025, indicando desafios e oportunidades para manter a trajetória de expansão econômica. Apesar de cumprir 17 trimestres consecutivos de alta, o resultado ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado.
Neste artigo, analisamos os números, o desempenho setorial e as perspectivas, além de propor caminhos para reforçar a recuperação e assegurar perspectivas de crescimento sustentável.
Segundo o IBGE, o PIB brasileiro cresceu 1,4% no 1º trimestre de 2025 em relação ao quarto trimestre de 2024. Essa variação veio abaixo da projeção de 1,5% feita por analistas de mercado.
Na comparação anual, o avanço foi de 2,9% em relação ao mesmo período de 2024, e o acumulado em 12 meses alcançou 3,5%. Embora positivamente sólido, esses números revelam desaceleração no ritmo econômico ao lado de um valor corrente de R$ 3 trilhões para o trimestre.
O desempenho desigual entre os setores mereceu destaque na apuração dos dados:
O forte desempenho do campo compensou, em parte, o esmorecimento das outras duas atividades, evitando um crescimento ainda menor.
Observando a sequência dos últimos trimestres, percebe-se que o ritmo vinha oscilando, ainda que mantendo tendência positiva:
Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4% no ano, mas desacelerou para 0,2% no quarto trimestre em comparação ao anterior. O 1º trimestre de 2025 representou, portanto, uma retomada, porém em ritmo inferior à média recente.
O resultado traz reflexões importantes sobre os entraves e possíveis impulsionadores do crescimento:
A manutenção das taxas de juros em patamares elevados afeta, sobretudo, a indústria de transformação e o setor de serviços, que dependem de crédito mais acessível.
Para intensificar a recuperação e assegurar ações concretas de política econômica, é essencial que governo, empresários e sociedade adotem iniciativas coordenadas:
Essas medidas podem contribuir para diversificar as bases do crescimento e reduzir a dependência de um único setor para o desempenho geral.
O resultado de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 evidencia que, embora exista uma trajetória de expansão, a economia brasileira enfrenta desafios de setores em destaque na retomada enquanto outros permanecem estagnados.
Ao compreender as causas desse ritmo, cabe a todos os agentes econômicos buscar perspectivas de crescimento sustentável por meio de estratégias colaborativas e políticas bem direcionadas. A recuperação mais ampla dependerá da capacidade de equilibrar forças setoriais, estimular investimentos produtivos e fortalecer a confiança interna e externa na economia do país.
Referências