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Evite saques no crédito, o custo é mais alto do que parece

Evite saques no crédito, o custo é mais alto do que parece

18/06/2025 - 23:14
Robert Ruan
Evite saques no crédito, o custo é mais alto do que parece

Em momentos de aperto financeiro, o saque no crédito pode parecer a solução mais rápida. No entanto, essa facilidade esconde armadilhas que podem comprometer seriamente seu orçamento.

O que são saques no crédito?

O saque no crédito permite retirar dinheiro em espécie usando o limite disponível no cartão. Diferente de um saque em conta corrente ou poupança, essa modalidade envolve uma linha de crédito com altas taxas de juros compostos e tarifas fixas.

O valor retirado entra na fatura como uma compra à vista, sem opção de parcelamento, e passa a ser cobrado com juros rotativos se não quitado integralmente no vencimento.

Custos diretos do saque no crédito

Antes de considerar essa alternativa, é essencial entender os encargos que serão aplicados. Esses custos impactam diretamente o montante final a ser pago.

  • Tarifa fixa por saque: normalmente em torno de R$ 19,90 no Brasil e até R$ 25,00 em operações internacionais.
  • Juros do rotativo: costumam chegar a 10% ao mês ou mais, sendo uma das linhas de crédito mais caras do mercado.

Comparação com outras linhas de crédito

Para avaliar se o saque no crédito é realmente vantajoso, compare-o com modalidades alternativas:

*Estimativa, varia conforme banco e perfil do cliente.

Por que o custo do saque no crédito é alto (e muitas vezes subestimado)?

Várias razões contribuem para que o saque no crédito se torne uma armadilha financeira:

  • Juros compostos: quando não há pagamento integral, os encargos se acumulam sobre juros anteriores.
  • Tarifa + juros: o valor final soma a taxa fixa por saque com o rotativo aplicado diariamente.
  • Ausência de parcelamento: ao contrário de compras parceladas, o saque não pode ser dividido em prestações.
  • Consumo do limite: ao retirar dinheiro, você reduz a disponibilidade para compras regulares.

Exemplo prático de custo elevado

Imagine a situação a seguir para entender o impacto real dos encargos:

– Valor sacado: R$ 500
– Tarifa de saque: R$ 19,90
– Juros rotativo: 10% ao mês

Se você pagar apenas no vencimento da próxima fatura, terá:

  • Juros: R$ 50
  • Tarifa: R$ 19,90
  • Total a pagar: R$ 569,90
  • Custo efetivo total de quase 14% em apenas um mês.

Em prazos mais longos, o valor devido pode dobrar ou triplicar, criando um ciclo de endividamento difícil de quebrar.

Riscos adicionais

O uso frequente do saque no crédito traz consequências que vão além do aumento da dívida:

  • Endividamento crônico: a dificuldade em pagar o saldo total gera acúmulo de dívidas.
  • Impacto no score: atrasos e utilização excessiva comprometem seu histórico de crédito.
  • Falta de clareza: muitos consumidores não percebem a combinação de tarifa e juros.

Alternativas menos custosas

Para emergências financeiras, avalie opções com taxas mais atrativas:

  • Empréstimo consignado: juros a partir de 1,59% ao mês, com desconto direto na folha.
  • Empréstimo pessoal: taxas menores que o rotativo, sem depender do cartão.
  • Planejamento prévio: criar uma reserva de emergência para evitar créditos caros.

Como se proteger e planejar finanças

Adotar hábitos saudáveis de gestão financeira é fundamental para não recorrer a soluções de alto custo:

1. Monitore seus gastos diariamente e ajuste o orçamento sempre que necessário.

2. Estabeleça um valor mensal para a reserva de emergência, mesmo que pequeno.

3. Negocie dívidas antigas antes de buscar novos créditos.

4. Consulte regularmente as tarifas e contratos do seu cartão de crédito para não ser surpreendido.

Ao seguir essas orientações, você reduz a tentação de usar o saque no crédito e fortalece sua saúde financeira a longo prazo.

Evite o tiro no próprio pé e conheça suas alternativas antes de sacrificar o seu orçamento com juros abusivos.

Com informação, disciplina e escolhas conscientes, é possível driblar as facilidades enganosas do crédito e alcançar maior tranquilidade financeira.

Robert Ruan

Sobre o Autor: Robert Ruan

Robert Ruan